Eu era recém formado na AMAN, estava servindo no Paraná e me deparei com uma situação muito mais séria do que imaginava.
Lembro de fazer as entrevistas iniciais – típicas do período de recrutamento anual – e ficar impressionado com a realidade que via diante de mim: centenas de jovens sem apoio, sem sonhos ou direção. É como se estivessem sobrevivendo e aguardando para ver no que suas vidas iam dar.
Depois de alguns meses, quando já integravam o pelotão, tive conversas individuais com o intuito de conhecer mais sobre meus subordinados e assim saber melhor como contribuir para o desenvolvimento deles.
E sabe qual a história mais comum que eu ouvi?
A de abandono, falta de apoio e brigas.
E por coincidência ou não, os soldados com maiores problemas de comportamento eram justamente aqueles que viviam os maiores desafios em casa.
Jovens que nunca tiveram a imagem de um pai de verdade, que fosse presente, amoroso e dedicado ao trabalho. Vários deles não tinham contato com o pai há anos e, a última recordação que possuíam, era de um homem bêbado, grosseiro e violento.
Um outro tipo de pai que pude saber que existia era aquele que não apoiava nada do filho, e pior, queria fazer com que o rapaz vivesse a vida que ele não conseguiu viver.
Era o tipo que forçava seus sonhos e desejos nos jovens, ignorando totalmente os gostos de seus filhos e as expectativas que eles possuíam acerca de suas próprias vidas.
Sabe qual a consequência disso? Jovens sufocados, desanimados, cabisbaixos, pressionados e improdutivos.
Como pode alguém achar que esse é o caminho?!
Essa carta direciono para você que é pai, especialmente você que, mesmo com seus defeitos naturais, deseja ser um bom pai.
Veja bem, o quanto das suas frustrações você tem empurrado em seus filhos em forma de obrigações?
O quanto você realmente conhece seu filho, seus sonhos e desejos?
Você os apoia e é fonte de inspiração, ou os diminui e enfraquece todos os dias?
Sei que você pode achar essas reflexões pesadas, porém nem sempre seu filho vai ter a sorte de encontrar bons militares para se orientar na vida com eles. Muitas vezes esses jovens encontram outras figuras “paternas” nas ruas, no crime e no mundo das drogas.
É assim que funciona quando você deixa de ser o líder dos seus filhos. Outros vão liderá-los, e nem sempre ao caminho do bem.
Além dessas reflexões, gostaria de sugerir que você estude mais sobre educação.
Como ensinar de verdade? Como ser um líder para minha família? Como demonstrar autoridade e amor ao mesmo tempo? Como superar minhas tendências ruins?
Entenda: se você realmente não parar e aprender sobre isso, jamais haverá evolução nesse papel.
Não podemos fazer as coisas conforme achamos que devem ser feitas. Para algumas funções, existem respostas e procedimentos estudados e que funcionam. É preciso conhecê-los.
Como instrutor do Elite Mil, agora pela internet, vejo toda aquela história só que com uma intensidade ainda maior. É assustador ver um jovem – às vezes nem tão jovem assim – confiando mais em nós para falar de seus problemas do que em seus próprios pais, que estão dentro de suas casas, a poucos metros de distância.
Por isso, estimulo você a se tornar consciente dessas questões e ser um ponto de apoio para seu filho antes que seja tarde demais.
Se ele tem um sonho, converse sobre esse sonho. Entenda sobre, conheça sobre, ajude-o a buscar mais informações e por fim, agradeça a Deus por ele ter um sonho. Muitos nem isso tem.
Nossa missão no Elite Mil é conduzir jovens ao caminho do bem, dentro de uma carreira militar nas Forças Armadas.
Inclusive, para você que sabe pouco sobre isso, o Tenente Thiago Henrique gravou um vídeo muito importante dando um recado para os pais.
E para conhecer mais sobre o preparatório Elite Mil e como nós podemos ajudar o seu filho a realizar os sonhos dele, clique no botão abaixo.
Desejo muito sucesso a você e seu filho, e que juntos, possamos fazer a diferença na educação dos jovens do nosso Brasil.
Forte abraço!
Cap Danilo Cacavo