Morar em outra cidade pode parecer um pouco assustador – e de fato é, mas só nos primeiros dias.
Lembro de quando cheguei ao Paraná, depois de dirigir por 11 horas do Rio de Janeiro até Ponta Grossa, onde está localizado o 13º Batalhão de Infantaria Blindado, com tudo o que eu tinha dentro do carro: roupas, 2 pares de tênis, fardas, um violão que até hoje não aprendi a tocar e algumas coisas para a futura casa – que comprei só para me sentir independente.
Fui pro 13º BIB com 2 camaradas de turma e fiquei junto com eles, por alguns dias, no apartamento dos tenentes que nos receberam. Precisávamos alugar um apartamento e usamos os dias iniciais para procurar nas imobiliárias aquilo que nos serviria.
Decidi morar com o Leonardo, um amigo que fiz aos 18 anos, enquanto estudávamos no cursinho preparatório no Rio de Janeiro 7 anos antes daquele momento.
Achamos um ótimo apartamento, todo mobiliado, bem novo, a 7 minutos do Batalhão, e que nos custaria R$ 600,00 para cada. Estava ótimo, não?!
Em seguida, a missão era uma das mais esperadas: comprar cama, televisão e tudo o que mais julgássemos necessário para nosso conforto. A gente estava decidido a não economizar muito, ainda mais após 5 anos de ralação.
Recordo do dia em que compramos nossas camas tamanho queen – nunca mais dormiria naquelas camas em que você, se virar pro lado, cai no chão!
Agora era conforto total!
Saímos de uma loja e fomos para outra comprar os eletrodomésticos. Chegando lá, entregamos uma lista de itens para a vendedora e dissemos: “você faz desconto à vista?”. Nessa hora ela, meio que gaguejando, disse que iria falar com o gerente.
Compramos o que queríamos: duas televisões 42 polegadas, geladeira, fogão, microondas, rack para a sala, sofás e até um home theater! ( hahahaha ) Sim, demos o gás!
Era extremamente gratificante poder chegar do trabalho e ter um lugar confortável, percebendo que tudo ali havia sido fruto de tantos anos de trabalho, dedicação e suor – e põe suor nisso!
Finalmente eu me sentia dono da minha vida, com poder de escolhas. Não me sentia preso, limitado ou ansioso.
Conhecemos a cidade, nos familiarizamos com as padarias – que eu sempre gostei – academia, shopping, mercados, restaurantes, bares, etc. Cada dia era algo novo para descobrir e ser conhecido.
No quartel, conheci profissionais incríveis e, na segunda semana de trabalho, a sensação era que eu já conhecia aqueles caras há anos – sem exagero. A gente se adapta muito rápido!
Recebi meu pelotão e comecei a executar os trabalhos que tanto sonhei enquanto cadete.
Nós nos preparamos para receber os conscritos, fazer entrevistas e montar o pelotão de recrutas para começar o ano de instrução.
Logo estava montado o pelotão “Tormenta” e demos início às instruções, marchas, tiro e todos os sanhaços comuns ao período de internato e formação do soldado.
Era nítido para mim o sentimento de gratidão e realização. Eu me sentia um vencedor e sentia também que estava pronto para assumir toda aquela responsabilidade.
Em pouco tempo, aquele receio de como seria morar em outra cidade e trabalhar de fato em um batalhão foi tomado por uma sensação de empolgação e gratidão muito grande.
Consegui aproveitar cada momento e viver com intensidade os 4 anos seguintes em que passei por lá.
Torço muito para que você, que estuda hoje para um concurso, realmente possa viver experiências como essas e se sentir, assim como eu, plenamente realizado com seu trabalho e também com sua vida.
Aproveita e pega uns bizus que dei nesse vídeo de como eu estudaria online
Parte do meu trabalho hoje, nos tempos que tenho livre, é ajudar você a se aproximar da sua aprovação através do Elite Mil.
Para isso, todas as quartas-feiras conduzo mentorias em que converso com os alunos, conto histórias e debatemos sobre o que fazer para vencer suas maiores dificuldades.
Se você quer ter aquela mesma sensação de ser livre, dono da própria vida e viver tantas experiências incríveis, prepare-se POR COMPLETO com toda a equipe Elite Mil!