Felizmente, um número cada vez maior de militares temporários, sobretudo cabos e soldados, começa a perceber o universos dos concursos militares como uma ótima oportunidade para se tornarem militares de carreira, contando com todos os benefícios da profissão, como estabilidade, aposentadoria integral, plano de promoções, etc. E se você ainda não sabe qual seria a diferença entre um militar temporário e um de carreira, vou explicar aqui rapidamente, pois esse é um entendimento muito importante:

– Os militares temporários são aqueles que ingressam na força a partir de um processo seletivo como, por exemplo, o seletivo a que é submetido todo jovem que se apresenta para o serviço militar obrigatório. Existem processos seletivos para cabos, sargentos e oficiais também. Dito isso, é importante que você entenda que o militar temporário irá passar, no máximo, 8 anos na força, independente dele ser um bom militar, se qualificar e ter um bom rendimento. Anualmente, o contrato desses militares, chamado reengajamento, pode ou não ser renovado, porém, o tempo total de renovação não irá ultrapassar os 8 anos, por isso o termo “militar temporário”.

– Os militares de carreira, por sua vez, ingressam na força através de concurso militar realizado em âmbito nacional . O militar de carreira, após ser aprovado em um concurso militar, realiza a sua formação em uma Escola de Formação Militar e, após a sua conclusão, é destinado a servir em uma unidade militar, servindo por 35 anos e galgando todos os postos e graduações previstos em sua carreira.

OBS: se você é um militar temporário, CLIQUE AQUI e veja esse vídeo super importante!

Os militares temporários, como os cabos e soldados, desempenham um papel primordial nas Forças Armadas, porém, muitos não aproveitam o seu tempo de serviço para construírem as bases de sua vida e saem, após o término do seu tempo de serviço, com “uma mão na frente e outra atrás”.

Sabendo isso, agora vou te passar o que eu faria se fosse um militar temporário e soubesse tudo o que sei hoje. Lógico que, para fazer isso, o militar precisa ter certa dose de maturidade para entender que “existe um momento para plantar e outro para colher”. Um dos grandes erros que percebo ser cometido por militares temporários, é que muitos pensam que são de carreira e que já podem colher os frutos dos seus benefícios de forma plena, ou seja, não precisam mais se preocupar, pois já tem algo certo. Que engano! Muitos, por pensarem assim, acabam se endividando, gastando dinheiro com coisas fúteis e não investindo sequer na sua educação. Portanto, se liga aí no que eu faria!

1 – Se eu fosse um Soldado, Cabo ou Sargento Combatente Temporário, ou seja, que realizou o CFC e o CFST:

Nesses casos, eu investiria na minha educação. No meu ano de recruta, me esforçaria ao máximo para ser um militar padrão, sem dar alteração e sendo sempre destaque em tudo o que fizesse. Tentaria fazer o Curso de Formação de Cabos e depois o Curso de Formação de Sargentos Temporários, pois se fosse promovido, além de aumentar o meu salário, poderia utilizar esses diplomas na etapa de valoração de títulos do concurso da ESA.

Financeiramente, começaria a guardar, na poupança mesmo, 20% do meu soldo. Assim que recebesse o salário, realizaria a transferência para a minha poupança e viveria com os 80% restantes. O segredo, para conseguir fazer isso, é manter os meus gastos baixos, ou seja, nada de ficar gastando dinheiro na cantina do batalhão ou de ficar gastando com coisas rolha, como festas, bebida, cigarro, som pra carro, etc. Não, primeiro eu iria plantar, para depois colher uma colheita grande, farta e segura. É isso que fazem os inteligentes.

No meu segundo ano, após o reengajamento, eu começaria a estudar. Seja para um concurso, seja uma faculdade, um curso técnico, enfim, eu iria estudar (se fosse possível começar já no ano de recruta, começaria). Particularmente, eu estudaria para o concurso da EsPCEX, pois sei que, fazendo isso, eu já estaria estudando para outros concursos militares, como a ESA e EEAR. Minha vida seria quartel, casa, estudo. Estou no momento da plantação. Utilizaria os 20% que guardei, se fosse necessário, para investir nos meus estudos, porém, de preferência, não mexeria nesse dinheiro, utilizaria os 80% restantes do meu salário.

Procuraria os militares de carreira da minha companhia e pediria bizus para eles. Será que eles poderiam me passar algum tipo de dica, material, etc? Com certeza a maioria deles teria boa vontade em me ajudar! Seria um bom soldado, um bom filho e estudaria para melhorar o meu futuro. Isso sim é uma plantação correta, algo que vai render bons frutos lá na frente!

1 – Se eu fosse um Sargento ou Oficial Técnico Temporário:

Nesse caso, eu teria duas alternativas: investir na minha profissão, aquela em que já estou formado, ou estudar para um concurso público ou outra profissão. A minha escolha, nesse caso, dependeria da minha profissão. Se eu fosse algo que tem um bom mercado lá fora e que eu gostasse de fazer, como um médico, por exemplo, investiria na minha profissão. Utilizaria o meu tempo de serviço como uma alavanca para impulsionar a minha carreira profissional. As pessoas respeitam um profissional quando sabem que ele serviu nas Forças Armadas, portanto, eu utilizaria isso a meu favor.

Se a minha profissão não tivesse um bom mercado de trabalho ou eu não estivesse feliz com ela, eu aproveitaria o meu tempo de serviço, o meu salário, para investir nos meus estudos. Ou faria uma outra formação, no caso algo que tivesse um bom mercado e eu gostasse ou estudaria para concurso público. No meu caso, provavelmente, eu estudaria para uma carreira policial, como a PF ou PRF.

Tá, mas e se eu não quisesse estudar para um concurso público, o que faria?

Sabendo o que eu sei hoje, eu estudaria sobre o mercado de produtos digitais. E vou te dar aqui 3 bons motivos para isso:

1º – É possível iniciar um projeto digital e ganhar dinheiro com isso investimento praticamente zero;

2º – É um mercado que está no início e em plena expansão no país;

3º – Independente da minha localização geográfica ou do tempo que eu tivesse disponível, posso desenvolver projetos lucrativos com apenas um computador e uma conexão com a internet.

Dá uma olha no vídeo abaixo e veja o caso do Soldado David, que hoje é um grande empreendedor digital!

Bem, é isso, se eu fosse um militar temporário, investiria primeiro em mim mesmo, plantaria antes de colher. Não cometa o erro de tentar colher antes de plantar. Talvez você não queira estudar para concurso ou mesmo empreender no mercado digital, não importa. O que eu espero é que, com esse post, você tenha entendido que você precisa lançar as sementes de um futuro glorioso, a vida que você tanto quer.

E nesse processo, fique certo que a maioria das pessoas não irá te entender ou mesmo apoiar. Você perderá muitos “amigos” e, infelizmente, até pessoas próximas de você irão te criticar e se afastarão. Faz parte do processo. No fim, sobrarão as pessoas que realmente merecem estar do seu lado, fique tranquilo!

“Tudo o que plantares, certamente colherás”.

FÉ NA MISSÃO!

1º Ten Thiago Henrique Pereira Rodrigues

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